Como a tecnologia PCM nativa é não-volátil, ou seja, os dados não são perdidos
quando o computador é desligado, o gasto de energia para gravação e acesso aos
dados é radicalmente reduzido. [Imagem: University of Pittsburgh]
Consumo de energia dos data-centers
Colocar todos os seus arquivos na nuvem pode parecer razoável do ponto de
vista da comodidade, da possibilidade de acesso de qualquer lugar ou mesmo da
segurança.
Mas a questão se torna mais complicada quando o assunto é consumo de
energia.
Quando seus dados estão no seu computador pessoal, você o liga sempre que
precisa dos seus dados. Isto significa que ele permanecerá desligado na maior
parte das 24 horas do dia - embora em menor medida, isto vale também para os
dados "lá do escritório".
A nuvem da computação, por outro lado, promete disponibilidade 24 horas de
acesso, 7 dias por semana. E isto significa que, em algum lugar do planeta, um
computador estará continuamente ligado para dar-lhe a possibilidade de acessar
seus dados, ainda que isso só ocorra eventualmente ao longo do dia.
A conta de energia fica cara mesmo quando se leva em conta que um só
computador estará sendo compartilhado por usuários de todo o mundo: segundo os
últimos cálculos da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, os centros de dados
ao redor do mundo já consomem 100 bilhões de kilowatts por ano.
Assim, qualquer medida que venha diminuir mesmo uma fração de ponto
percentual dessa conta pode significar algo como uma usina de geração de energia
a menos.
Memória híbrida de baixo consumo
Bruce Childers e seus colegas da Universidade de Pittsburgh estão prometendo
mais do que isso.
Eles descobriram uma forma de criar uma memória híbrida com uma velocidade
intermediária entre as memórias flash e as memórias DRAM, mas que consome uma
fração da energia consumida hoje.
A equipe combinou uma DRAM, para garantir um tempo de acesso compatível com a
exigência da maioria dos programas, com uma memória chamada PCM (phase-change
memory - memória de mudança de fase),
Como a tecnologia PCM nativa é não-volátil, ou seja, os dados não são
perdidos quando o computador é desligado, o gasto de energia para gravação e
acesso aos dados é radicalmente reduzido.
As memórias PCM têm sido apontadas como uma tecnologia muito promissora, mas
ainda enfrentam alguns desafios tecnológicos para sua viabilização
comercial.
"Nosso trabalho também otimizou o tempo de vida das memórias PCM, permitindo
que essa tecnologia dure o bastante
para vários anos de uso nas condições típicas de um data center, algo que
não era possível até agora," disse Childers.
O pesquisador afirmou que já está "trabalhando com um líder da indústria"
para desenvolver o primeiro protótipo operacional, mas não divulgou o nome da
empresa.
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